quinta-feira, 20 de março de 2025

Vozes das águas: Um Livro de Poesias Fluviais

 

Vozes das águas: Um Livro de Poesias Fluviais

AUTORA: Thaís Alessandra 


📚SINOPSE📚

"Um convite a olhar o mundo através dos olhos d'água e suas cosmovisões de mundos. 

Honro os corpos-águas de todo o planeta. Seres de travessia e tamanha grandeza. Espíritos d’água que nos convidam a mudar de rumo, fluir em liberdade, rumo ao nosso destino. VOZES DAS ÁGUAS. Evocam histórias de vários mundos. 

Saúdo o RIO DAS VELHAS, O RIO DOCE (WATU), O VELHO CHICO, A BACIA HIDROGRÁFICA DA PAMPULHA, O RIO ARRUDAS, e todos os CORPOS-ÁGUAS conterrâneos de Minas Gerais, do meu Brasil e do mundo. Quando iniciei essa obra, achei que não teria um fim. Impossível dar voz para todos os CORPOS D’ÁGUA da Mãe-Terra. Trago em minhas memórias, memórias d'águas que fazem parte da minha história e identidade. Trago as reflexões dessas águas e dos seus saberes ancestrais para nós. Caminho de esperança de um mundo melhor que carrego às margens dos meus versos d’água."


Arte Impressa Editora - @arteimpressaeditora
Arte da capa - Richard Bertolin - @richartbr
Posfácio de Heliene Rosa - @heliene.rosa.965
Prefácio de Dauá Puri - @dauapuri


Para adquirir o seu exemplar, entre em contato pelo whatsapp da autora Thaís Alessandra 
(31) 97169-2376

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

CANÇÃO PARA NINAR MENINO GRANDE

 A meu ver, CANÇÃO PARA NINAR MENINO GRANDE de Conceição Evaristo traz uma reflexão sobre as várias nuances do machismo, e como o mesmo afeta também os homens pretos, que assim como o protagonista desta obra, não "tem o mesmo estereótipo social de um príncipe branco".


Fio Jasmin "tem dois lados", como a maioria dos personagens de Conceição Evaristo , não conseguimos enxergar só o "lado ruim" dele. Fio Jasmin passa a imagem de um homem que vive como se as mulheres não existissem, elas servem de chacota para ele e seus amigos maquinistas que se divertiam com as histórias que ele contava sobre elas. Em cada estação Fio Jasmin apenas se deitava com essas mulheres que ele julgava não ser para serem levadas a sério. Apesar disso, elas o consideravam um príncipe negro, e preenchiam seus sonhos com ele, talvez crenças sociais que limitam essas mulheres: crença de ter que se casar, de não poder ficar sozinha, de ter que ser mãe; e assim, elas iam aceitando migalhas de afeto e sem ao menos enxergar a verdadeira intenção daquele homem que sem responsabilidade afetiva alguma saia fazendo filhos como quem "escova dentes ou vai ao banheiro satisfazer a sua necessidade fisiológica", e depois desaparecia até a próxima estação, sem se envolver com a real história dessas mulheres, ele satisfazia mais uma "necessidade fisiológica ". E assim, a mulher que ele escolheu como mãe dos seus filhos, era a Pérola Maria, essa era respeitada, e casada com Fio Jasmin, cuidava da casa , enquanto ele satisfazia suas necessidades fisiológicas por aí.


Mas no fundo, Fio Jasmin carregava o mesmo vazio que seu pai, que homem não podia chorar, tinha que dar conta de tudo e que não podia se envolver emocionalmente com as mulheres que ele ficava. Um antagonismo que só a artista das palavras, Conceição Evaristo consegue fazer. 


Ele aprendeu com o pai o que era "ser um homem de verdade". A meu ver, é a história da misoginia dos tempos atuais, uma história atemporal que atravessa a nós mulheres e a masculinidade tóxica que também faz mal aos homens que se deixam intoxicar.


 Por Thaís Alessandra (@thais.alessandra_)