Ano, novo?
A divisão do tempo 'passado-presente-futuro' é uma ilusão que parece real.
O tempo é continuidade e extensão do ontem.
Extensão do 'ontem-ano'.
A felicidade imposta de celebrar o efêmero dessa 'passagem-ilusão-real' faz o invisível social obrigatoriamente sorrir diante da promessa de um ano melhor, pois se entristecer é proibido, afinal, o ano é "novo".
Assim vários anos se repetem de fome, descaso social e político, desemprego, e no final, o sorriso imposto da festa de um ano novo.
Poesia autoral de Thaís Alessandra (@thais.alessandra_). *Não divulgue sem mencionar os créditos! Sujeito as penas da Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais)*